ALOPECIA
Gabi Albuquerque/ Folha de Pernambuco
Após alguns procedimentos químicos, os fios de Laura Nunes começaram a cair
O natural é que cerca de 100 fios de cabelo caiam da cabeça de uma pessoa por dia. O difícil é contar! Então, se após o banho você perceber um amontoado deles no ralo do banheiro, alguns que ficaram na fronha após deitar-se, outros espalhados no chão ou em sua roupa, provavelmente, você pode estar sofrendo de alopecia. É a denominação dada a essa queda excessiva.
As causas mais comuns estão atreladas a hereditariedade, alterações hormonais, anemia, deficiência de ferro e aplicação excessiva de produtos químicos. Segundo o censo da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a queixa sobre o problema é uma das dez mais frequentes entre pacientes de 15 a 39 anos. Muitas vezes, quando isso acontece, as pessoas ficam com a autoestima baixa. “As alopecias carenciais podem ser prevenidas através de dieta saudável rica em nutrientes. Também, através do controle de peso, para aqueles que sofrem por conta de alterações hormonais. Por sua vez, a hereditária não é passível de prevenção”, explica o dermatologista Tárcio Santos.
Muitas vezes, os tipos de madeixas mais trabalhosos são sujeitos a uma maior tração, intensificando a queda. Uma boa dica de prevenção é penteá-las com escova de madeira, a começar pelas pontas do fio. Suavemente, vai se fazendo o movimento, e no desembaraçar, sobe-se, gradualmente, em direção ao couro cabeludo. É bom evitar penteados que puxam muito os fios para trás ou que façam peso.
A aplicação exagerada de produtos químicos, como tinturas e relaxantes, prepara o terreno para impulsionar a queda. “O cabelo é formado por pontes de sulfeto e hidrogênio. O fio reto, chamado popularmente de liso, possui essas pontes todas da mesma dimensão, já os encaracolados têm de tamanho diferente. A aplicação de qualquer método alisante aumenta a tensão nas pontes, facilitando sua fragmentação, fazendo com que caia ou quebre”, detalha Tárcio Santos.
Michelly Martins, proprietária de loja que vende e aplica megahair, está acostumada a lidar com mulheres desesperadas por terem seus fios destroçados por conta de química. “Elas me ligam chorando porque estão com as madeixas partidas e querem colocar os apliques para melhorar o visual”, conta. Uma recente cliente, Laura Nunes, diz ter madeixas naturalmente cacheadas e fortes. Até que a fraqueza de seus fios se mostrou, quando nos últimos meses, resolveu aderir à coloração. Insatisfeita, pintou quatro vezes em um período de dois meses até conseguir o tom desejado. Depois de tanta química, ela ainda fez uma escova definitiva, o que a fez perder boa parte dos fios. “Além de ter partido, estou careca em algumas partes da cabeça. Ficou horrível, minha solução para agora é o alongamento, e vou melhorar a saúde de meus naturais”, revela.
O tratamento deve ser determinado por um dermatologista, que vai analisar cada causa e solicitar exames complementares. Estes são necessários para avaliar a maneira mais adequada de tratar o paciente.
Queda de cabelo pode ter várias causas
Entre os fatores estão hereditariedade, alterações hormonais e anemia
25/05/2012 07:17 - LUCIANA FRANÇA - especial para a Folha 
Gabi Albuquerque/ Folha de Pernambuco Após alguns procedimentos químicos, os fios de Laura Nunes começaram a cair
O natural é que cerca de 100 fios de cabelo caiam da cabeça de uma pessoa por dia. O difícil é contar! Então, se após o banho você perceber um amontoado deles no ralo do banheiro, alguns que ficaram na fronha após deitar-se, outros espalhados no chão ou em sua roupa, provavelmente, você pode estar sofrendo de alopecia. É a denominação dada a essa queda excessiva.
As causas mais comuns estão atreladas a hereditariedade, alterações hormonais, anemia, deficiência de ferro e aplicação excessiva de produtos químicos. Segundo o censo da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a queixa sobre o problema é uma das dez mais frequentes entre pacientes de 15 a 39 anos. Muitas vezes, quando isso acontece, as pessoas ficam com a autoestima baixa. “As alopecias carenciais podem ser prevenidas através de dieta saudável rica em nutrientes. Também, através do controle de peso, para aqueles que sofrem por conta de alterações hormonais. Por sua vez, a hereditária não é passível de prevenção”, explica o dermatologista Tárcio Santos.
Muitas vezes, os tipos de madeixas mais trabalhosos são sujeitos a uma maior tração, intensificando a queda. Uma boa dica de prevenção é penteá-las com escova de madeira, a começar pelas pontas do fio. Suavemente, vai se fazendo o movimento, e no desembaraçar, sobe-se, gradualmente, em direção ao couro cabeludo. É bom evitar penteados que puxam muito os fios para trás ou que façam peso.
A aplicação exagerada de produtos químicos, como tinturas e relaxantes, prepara o terreno para impulsionar a queda. “O cabelo é formado por pontes de sulfeto e hidrogênio. O fio reto, chamado popularmente de liso, possui essas pontes todas da mesma dimensão, já os encaracolados têm de tamanho diferente. A aplicação de qualquer método alisante aumenta a tensão nas pontes, facilitando sua fragmentação, fazendo com que caia ou quebre”, detalha Tárcio Santos.
Michelly Martins, proprietária de loja que vende e aplica megahair, está acostumada a lidar com mulheres desesperadas por terem seus fios destroçados por conta de química. “Elas me ligam chorando porque estão com as madeixas partidas e querem colocar os apliques para melhorar o visual”, conta. Uma recente cliente, Laura Nunes, diz ter madeixas naturalmente cacheadas e fortes. Até que a fraqueza de seus fios se mostrou, quando nos últimos meses, resolveu aderir à coloração. Insatisfeita, pintou quatro vezes em um período de dois meses até conseguir o tom desejado. Depois de tanta química, ela ainda fez uma escova definitiva, o que a fez perder boa parte dos fios. “Além de ter partido, estou careca em algumas partes da cabeça. Ficou horrível, minha solução para agora é o alongamento, e vou melhorar a saúde de meus naturais”, revela.
O tratamento deve ser determinado por um dermatologista, que vai analisar cada causa e solicitar exames complementares. Estes são necessários para avaliar a maneira mais adequada de tratar o paciente.
Folha PE
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