PONTO FINAL
publicado em 01/04/2012 às 00h00.
Casamento depois da morte
O governo francês autorizou o casamento póstumo de um dos militares assassinados durante um ataque terrorista em Toulouse, sudoeste daquele país. A noiva está grávida
Da redação
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O governo da França autorizou a jovem Caroline Monet a se casar de forma póstuma com o cabo Abel Chennouf, um dos militares que foram mortos pelo "atirador de Toulouse", na cidade de Montauban, no dia 11 de março. Segundo o advogado da família, esse procedimento se baseia em um artigo do Código Civil daquele país, que prevê a celebração de um casamento se um dos futuros noivos tiver sido morto após autorizar todas as formalidades oficiais em vida. O casal planejava se casar em breve.
"Acabamos de conseguir a autorização do Eliseu para que a namorada de Chennouf possa realizar um casamento póstumo", disse o advogado Gilbert Collard, que esclareceu que já havia conseguido, em circunstâncias parecidas, autorizações para dois casamentos "de namoradas de policiais que morreram no exercício de suas funções", disse. A jovem viúva está grávida.
Abel Chennouf tinha 25 anos, e era militar do regimento de paraquedistas. O cabo foi assassinado junto a outro companheiro, o também militar Mohamed Legouade, supostamente pelo franco-argelino Mohamed Merah, de 23 anos. Além dos soldados, Merah também assassinou no último dia 19 outras quatro pessoas – um rabino e três crianças numa escola judaica –, o que provocou comoção em todo o país. O assassino foi morto com um tiro na cabeça, depois de um cerco policial de 32 horas em sua casa, em Toulouse, sudoeste da França. Merah disse que agia sozinho, mas em nome da rede terrorista Al Qaeda.
O presidente da França, Nicolas Sarkosy, classificou então o episódio na escola de uma "tragédia nacional" e enfatizou que o ódio não ganharia, "porque a República é mais forte". Houve manifestações em defesa da pluralidade racial e religiosa em várias cidades francesas. A polícia ainda está investigando o caso.
Folha Universal
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